A nikkei Nelma Kodama, ex-amante do doleiro Alberto Youssef e primeira pessoa presa na Lava Jato, submeteu-se nesta semana a uma cirurgia para a retirada de um tumor das costas. A operação durou dez horas e foi realizada por médicos particulares.

A nikkei, que cumpre prisão domiciliar em São Paulo e utiliza uma tornozeleira eletrônica, não ficou muito tempo na cadeia e cumpre em casa os 18 anos prisão estipulado pelo juiz federal Sérgio Moro. Kodama foi presa em flagrante, em março 2014, tentando embarcar para Milão, na Itália, do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, com 200 mil euros não declarados escondidos na calcinha.

Ela é acusada de chefiar um dos quatro núcleos de doleiros descobertos nas investigações que levaram à deflagração da Lava Jato. Também foi condenada por corrupção ativa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e por operar instituição financeira irregular.

Recentemente, Kodama anunciou que já acionou advogados para pedir participação nos lucros do filme “Polícia Federal – A Lei é para Todos” pelo uso de sua imagem. A produção do filme, que conta a saga da Operação Lava-Jato, afirmou que ainda não foi notificada sobre a pretensão e afirma ter preparado “orçamento e ad-vogados” para possíveis ações na Justiça. Kodama alega que pretende usar o dinheiro da ação, caso ganhe a causa, na creche Casa da Criança Higino Penasso, em Canarana, no Mato Grosso, que leva o nome do seu avô.

A nikkei ganhou fama e a simpatia de policiais federais por um ato heróico atrás das grades, ao salvar a vida de um carcereiro que sofria um ataque cardíaco em plena Superintendência da Polícia Federal no Paraná.