Carne podre pode atrasar venda para o Japão

A carne vermelha coloca o Brasil como um dos maiores exportadores (Foto: Divulgação)

A operação da Polícia Federal, deflagrada ontem e batizada de “Carne Fraca”, deve afetar a venda das carnes brasileiras no exterior, incluindo o Japão. EUA e a União Europeia pediram uma reunião extraordinária ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, na segunda-feira.
A operação aponta um esquema de pagamento de propina a fiscais agropecuários, por parte de três frigoríficos, para cometer uma série de irregularidades como a reembalagem de produtos vencidos e venda de carne imprópria para o consumo humano. Entre os envolvidos estão a JBS, que detém Friboi, Seara e Swift, e a BRF, que controla marcas como Sadia e Perdigão; e a Peccin. As duas primeiras respondem por uma fatia expressiva da receita de US$ 14,2 bilhões que o Brasil faturou com as exportações de carnes bovina, suína e de frango. As empresas negaram irregularidades e dizem apoiar a investigação.
Em dezembro passado, o Japão passou a não ter mais restrições à importação de carne bovina brasileira termoprocessada e só faltavam “questões burocráticas” para o início das exportações. Além disso, o Brasil negociava à abertura para carne in natura. Não será surpresa se Japão ou algum outro país suspender as importações.
Em entrevista, o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki, anunciou que 33 servidores da pasta foram afastados por envolvimento no esquema e que a chance das pessoas terem comido a carne contaminado é pequena, já que dos 4.800 frigoríficos, só 21 estão sendo investigados e três foram comprovados.
O secretário alertou às pessoas notarem a aparência, cor e cheiro da carne, antes de comprá-la.

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