O Ministério da Agricultura do Brasil conseguiu convencer o Japão que as carnes de frango e peru do País não representam dano à saúde do consumidor, após a deflagração da ter-ceira fase da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal. Há cerca de duas sema-nas, a PF revelou um esquema entre laboratórios privados e alguns frigoríficos em que eram fornecidos laudos técnicos que atestavam, erroneamente, a ausência da bactéria salmonela.

Um dos argumentos que têm sido utilizados pelo Brasil é que o próprio Ministério da Agricultura proibiu as exportações dos frigoríficos investigados pela operação. Outra alegação é que os casos detectados não são atuais, ou seja, es-se tipo de fraude não foi constatado, por exemplo, no último ano.

Além do Japão, a Coreia do Sul também se mostrou satisfeita com as explicações. Por outro lado, alguns portos europeus, co-mo o do Reino Unido, ainda têm demonstrado preocupação com os carregamentos de carnes de aves que desembarcam nos terminais. Porém, até o mo-mento, não houve nada de anormal no processo de liberação dos produtos.

Vale lembrar que, após a operação, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento anunciou a suspensão temporária das exportações de carne de frango da empresa BRF para a União Europeia. A medida atinge três plantas frigoríficas de Santa Cata-rina, localizadas nos municípios de Concórdia, Chapecó e Capinzal, que ficam impedidas de vender para o bloco europeu. A medida é preventiva e temporária, enquanto o País presta esclarecimentos sobre as denúncias apresentadas pela terceira fase da Ope-ração Carne Fraca.

Santa Catarina é o segundo maior produtor de aves do Brasil.