Associação nikkei de Chapecó lamenta 71 mortos em queda de avião

Oficiais fazem buscas por corpos no local do acidente (Foto: Polícia Antioquia)

Um avião que transportava o time de futebol Chapecoense caiu na madrugada desta terça-feira na Colômbia, para onde a equipe viajava para disputar a final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional de Medellín. 81 pessoas estavam a bordo, entre jogadores, jornalistas e tripulantes. Ao todo, 71 morreram.
Os sobreviventes são o lateral Alan Ruschel, o goleiro Jackson Follmann, o zagueiro Hélio Hermito Zamper Neto, além do jornalista Rafael Henzel e os tripulantes Ximena Suárez e Erwin Tumiri.
Informações dão conta que o jogador Ruschel passou por cirurgia e foi encaminhado para exames por haver a possibilidade de ele ficar paraplégico. O zagueiro Neto, que foi o último a ser resgatado com vida, está em estado grave. Henzel com problema respiratório severo, lesões no corpo e no pé, está na UTI. Já o goleiro Follmann teve a perna amputada.
Os passageiros saíram do aeroporto de Guarulhos e fizeram escala em Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), onde trocaram de avião rumo a Medellín. A aeronave da Lamia, empresa de origem venezuelana que operava da Bolívia, deveria ter pousado na capital colombiana às 21h33 (0h33 pelo horário de Brasília), mas perdeu contato com a torre de controle quando sobrevoava Cerro Gordo, entre os municípios de La Ceja e La Unión, a 40 quilômetros do destino. Segundo o primeiro comunicado do aeroporto de Medellín, a aeronave relatou “falhas elétricas”.
A Unidade Nacional para a Gestão de Risco de Desastres mobilizou 150 agentes de emergência, mas o local onde caiu o avião dificultou não só o trabalho de resgate dos sobreviventes, mas também a remoção dos corpos das vítimas. Isso porque, a aeronave entrou em um “buraco” de acesso complicado. A região é montanhosa e de clima frio, onde se cultivam flores para exportação e o mercado interno da Colômbia.
Até o final da tarde de ontem, 72 corpos haviam sido resgatados. A identificação dos corpos deve durar três dias e as duas caixas-pretas já foram encontradas.
A notícia abalou a cidade de Chapecó, que vivia uma grande euforia nos últimos dias com a chegada do time, pela primeira vez na história, à final de uma competição internacional.
Em entrevista ao São Paulo Shimbun, o presidente da Associação Nipo-Brasileira de Chapecó, Maro Jinbo, descreveu o cenário. “A cidade está parada, as pessoas consternadas, sem saber o que fazer ou pensar. Ninguém acredita no que está acontecendo. Esse jogadores eram os heróis da cidade, que estava em festa desde a classificação para a final”, contou ele, que está em Chapecó há 10 anos. “O clima de tristeza é o mesmo que pude ver, pessoalmente, no incêndio da boate Kiss, em Santa Maria. Não tenho palavras. É uma tragédia.”

Continua… (no impresso)

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