Abastecimento é prejudicado com greve e preços disparam em São Paulo

Ceasa de Campinas registrou pouco movimento (Foto: Divulgação)

A greve dos caminhoneiros, que teve início na segunda-feira passada – contra o aumento do diesel -, está prejudicando o abas-tecimento de supermercados e provocando o aumento do preço de produtos em São Paulo, elevação sentida pelo consumidor final.

Ontem, em nota oficial, a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), a maior da América Latina, afirmou que o volume de negócios caiu 90% em relação a um dia normal. Entre 4 horas e meio-dia desta segunda-feira foi registrada a chegada de cerca de 10% do volume normalmente comercializado, que é de cerca de 11 mil toneladas/dia. Para piorar, um protesto de caminhoneiros na avenida Gastão Vidigal impedia a entrada de caminhões no local.

A Ceagesp informou que não estão chegando produtos vindos de outros estados, ao contrário da produção proveniente do Cinturão Verde de São Paulo, com folhas, pimentão, pepino, tomate, chu-chu, berinjela; levados por caminhos alternativos, além de transferência de galpões de grandes atacadistas.

Alguns produtos que permitem estocagem (maçã, pera, abóbora, frutos importados) ainda têm oferta. A expectativa é que a normalização ocorra em cinco dias. Na Ceasa de Campinas o problema se repete, com a disponibilidade de hortaliças e frutas só 15% da oferta normal, que é de cerca de 3,5 mil toneladas/dia. Com isso, ontem, o local foi fechado mais cedo.

E os supermercados brasileiros já perderam vendas equivalentes a R$ 1,32 bilhão por conta do desabastecimento de produtos perecíveis, frutas, verduras, legumes, laticínios e carnes in natura. Só os supermercados do Estado de São Paulo deixaram de vender cerca de 400 milhões reais de produtos perecíveis desde o início da greve.

Em entrevista ao São Paulo Shimbun, Mário Okuyama, vice-presidente da Associação de Agricultores de Cocuera, em Mogi das Cruzes, onde há grande concentração de produtores nikkeis, mostrou preocupação com o problema, mas deixou claro o total apoio aos caminhoneiros

Continua…(Impresso)

Login

Bem vindo! Entre na sua conta

Lembrar de mim Esqueceu sua senha?

Lost Password